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domingo, 25 de agosto de 2013


No Amor & Ódio andei muito de volta dela. A clínica de todo os dias confirma-a. A amígdala ( a do cérebro...) e  os sentidos servem muito melhor quando são postos ao serviço da mais infalível realização da cultura: a aliança.
Para isso é necessário que sejamos capazes de ultrapassar a nossa história.Entendo por nossa história o arquivo de desejos, reivindicações e mutilações várias que nos preenchem a vida. Ou seja, temos de prescindir de parte de nós. Crime contra a vontade hodierna? Tanto me faz. Aprendi com irmãos que se apoiaram  toda a vida, velhos que inventaram doenças desconhecidas para morrerem no mesmo ano, filhos  para quem mudar as fraldas ao pai é um momento igual ao da primeira ida à bola.
A aliança é o reconhecimento da nossa humanidade pelo outro. Numa velha fórmula de Malraux, uma defesa contra a incessante solicitação do mundo.E muitas alianças, nestes dias de recuperação estatística, estão aí para o que der e vier.

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