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terça-feira, 20 de agosto de 2013

O efeito de Lúcifer


Isto é o retomar de uma  antiga experiência da psicologia social e resume-se  assim: todos somos capazes de tudo. Não é verdade, pelo menos no sentido da equalização da capacidade.  Bem, o cabeça de dinamite já o tinha dito no século XIX: o bem e o mal são ramos da mesma árvore. Pois, mas são ramos diferentes, não é?
Há pessoas boas, sim. E melhores. tenho atendido gente que nem no Inferno seria má, quanto mais no protectorado lusitano. Levadas a extremos insuportáveis, são capazes de coisas terríveis? Claro. O problema, como nos penaltys, é a intensidade: há pessoas que não necessitam de ser levadas a extremos nenhuns para fazerem coisas horríveis. O cardeal de Retz sabia-o: o mal faz-se sem esforço, o bem dá muito trabalho.
Vem isto a propósito de da justificação da situação de crise para certos comportamentos, assunto com o qual ando às voltas por causa de outras caldeiradas. Refiro-me aos que prejudicam terceiros sem benefício nenhum para os autores. Depois há  a cronologia. Beltrano, tão calmo e boa pessoa, matou a ex-mulher de repente, por ciúmes, coitado.Pois, era boa pessoa enquanto a ex-mulher não se arranjou com outro. Bastou  a Beltrano pensar  em pernas abertas e lá se foi a boa pessoa que era.
 Imagina, leitor: quantos centímetros tem a camada de verniz que te separa de uma besta? Se tiveres dificuldades, regressa a Levi, Primo Levi.

1 comentário:

  1. Curioso, hoje encontrar e ler este post...
    É que ultimamente tenho-me comportado como uma besta para certas pessoas e apesar de ter consciência do mal que lhes causo com as minhas palavras e atitudes, não consigo parar e controlar a impulsividade.
    Atingi o meu limite, já não sinto nada, nem amor, nem ódio, nem remorsos ou arrependimento, sinto-me insensível a tudo e todos.
    Já não sinto Deus, talvez lúcifer se tenha mesmo apoderado de mim... Porque só pratico o mal, mesmo quando só pretendo o bem...
    Não me compreendo e já nem me reconheço...

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